Solidão… que nada!

Solidão… que nada!

A palavra solidão é tantas vezes associada a um estado ruim, mas será que tem de ser assim?

Na semana passada ouvi uma conversa de um grupo não relacionado comigo, quando de repente eles bradaram uma citação: <O homem mais forte é o que está mais só!>. Tenho pensado muito sobre isso, até dei um google para saber de quem poderia ser tal citação… Descobri um ensaio de Henrik Ibsen, dramaturgo Norueguês que atribui força extrema ao homem que consegue viver só, pois este estado o torna independente e confere uma auto análise individual em relação aos outros, à sociedade. Complexo demais! Verdadeiro demais!

Menos complexo é a forma como se pensa a solidão; muitas vezes atribuída a uma coisa ruim, pois encontra-se associada a ruptura de relacionamentos, e ao momento que segue após um término. Há que separar bem as coisas aqui, ok? O término do relacionamento e a dor emocional causada é o incômodo do fim. Outra associação comum é o conceito de ausência e presença… Simplesmente, a casa está cheia, logo, não estou mais sozinha.

Acontece que a solidão é um estado muito subjetivo, muito individual, que nem sempre está relacionada à presença de alguém, ou ausência. A solidão é como a gente se vê; e como preenchemos nossos espaços de tempo, de espaço, de conexão com os outros, com o eu interior, e com o próprio Deus.

Por essa lógica, esqueçamos o medo de não casar, de não ter filhos, por pura convicção social de que estas coisas nos afastariam da solidão. Ora, o mundo tá cheio de coisas para ver e reparar, cheio de gente pra trocar experiências, e muita coisa pra pensar a respeitos e preencher as lacunas de existir. A solidão é o encontro com o vazio, e a melhor forma de preenche-lo, a partir do encontro é com você!

Não é papo de ser tornar um eremita, nem nada é só não dar valor tão negativo à solidão. Ficar sozinho de vez em quando, e estabelecer um diálogo interno para descobrir sua força pessoal é um exercício bacana para trabalhar a saúde mental. Na solidão, consigo entender que a harmonia e a paz de espírito só pode ser encontrada no meu interior.

Quer fazer um exercício? Dedique um breve instante a fechar os olhos, abrir seu coração e sentir todo o amor que vem de dentro dele, no seu silêncio natural e saudável.

Paz!

 





About the author

Daiane Monteiro
Daiane Monteiro

Daiane Monteiro, carioquíssima; cosmopolita; apaixonada por arte; principalmente literatura, música e cinema. Uma observadora distraída para o óbvio e muito atenta ao inesperado! Pelo universo em que estamos é que me interesso... Aprender e ensinar é minha sina... Nossa sina!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *