Que saudade da Cassia Eller…
…e seus coadjuvantes também!
Cassia Eller é talvez uma das artistas que eu mais gosto de ouvir, por todos os motivos. Ela é completa em todos os aspectos!
O que eu mais gosto na Cassia, não é a sua voz que vai do rasgado ao macio em 1 segundo, nem é o extremo bom gosto na hora de escolher músicas, o que eu mais gosto da Cassia são os arranjos de suas música, é a parte que juntou tudo de sensacional que ela tinha, acrescentou uma banda tão sensacional quanto e transformou essa mistura toda no que a gente tem pra ouvir hoje.
O arranjador, que em diversas vezes é o produtor ou o próprio artista, é o cara que organiza a música, que fala como tudo vai funcionar, quando ela cresce ou diminui, quando entra um solo ou só uma frase. Pra exemplificar de um jeito mais prático, foi o Herbert Vianna, que na época era produtor do Plebe Rude, o responsável pelo solo de violoncelo na introdução Até Quando Esperar. Na versão original o solo fechava a música, após brigas e mimimis (sempre presentes), o solo veio a abrir a música e se tornar um dos ícones do BRock. Esse é o papel do arranjador!
Nesse ponto, Cassia e companhia faziam de um jeito único! As versões que ela fez para Try a Little Tenderness e Palavras ao Vento (link no final do post) são simplesmente perfeitas, tudo se encaixa no ponto certo, os instrumentos vão aparecendo na ordem e intensidades perfeitas. Não bastava só ter a Cassia nos vocais e violões, o Walter Vilaça na guitarra, o Fernando Nunes no contrabaixo, a Lanlan na percussão, o João Viana na bateria e até o Paulo Calazans nos teclados, na sua última banda, um nome muito importante é Luiz Brasil, produtor, arranjador entre outras funções guiando todos na execução perfeita de cada músicas.
Coloquei aqui no post duas músicas que mostram bem isso. Ouçam como cada instrumento vai entrando na música e ganhando força conforme ela cresce. Ouça a singularidade de cada um no conjunto da música. Que saudade Cassia!
Fiquem na Paz!