Um espião em novembro
O tempo parece não passar para aqueles personagens que facilmente idealizamos. Então ser um sessentão no mundo dos espiões não é problema, e menos ainda no cinema!
O filme nos conta a história de Peter Devereaux (Pierce Brosnan) um ex-agente da CIA, que retorna à ação para resgatar uma agente que se encontra em uma missão secreta na Rússia, e nesse ambiente reencontra a um antigo aprendiz em um jogo mortal em que também estão envolvidos importantes integrantes da agência e o candidato a presidente da Rússia.
A ação passa da Rússia para Belgrado onde nosso agente acaba se juntando com Alice Fournier (Olga Kurylenko), assistente social que ajuda as vítimas de tráfico pessoas e exploração sexual. Em teoria, ela o ajudaria a achar a uma de suas antigas refugiadas que teria provas para incriminar ao desonesto candidato, mas ela mesma parece ter um passado um pouco suspeito e misterioso, o qual vai se revelando ao longo da trama.
O roteiro parece pouco confuso no início, mas uma vez que a história vai evoluindo, ele vai alternando com sutileza algumas tênues notas de suspense com algumas intensas sequências de ação. Uma mistura de elementos bastante conhecidos e explorados no gênero: perseguições de carro, explosões e muitos disparos. A historia tenta pegar um pouco de cada elemento dos filmes de espiões que já assistimos e como resultado perde o fator surpresa. Cada giro se percebe muito antes que aconteça e, isso sim, tira um pouco o interesse.