Nos anos 1990, a série de comédia Full House dominava a parada dos programas mais populares de TV contando a estória do simpático viúvo Danny Tanner e as situações engraçadas passadas na casa que dividia com suas filhas, seu cunhado e um amigo. Após anos do fim do show, a boa (ou má?) notícia é que Full House vai voltar.

A continuação de Full House, que se chamará Fuller House, teve seus 13 primeiros episódios encomendados pelo Netflix e tem previsão para estrear em 2016. Na continuação que, como no programa original, se passará em São Francisco, a casa fica ainda mais cheia quando D.J. (a filha mais velha da família Tanner) mãe de dois filhos, grávida e recentemente tornada viúva, se muda com a irmã do meio, Stephanie e sua melhor amiga, Kimmy (que é mãe solteira de uma menina) para a mesma casa.

Todos os atores originais da série embarcaram no projeto, a não ser as gêmeas Olsen, que faziam o papel da filha mais nova da família, e ainda têm dúvidas se querem ou não participar do revival. Mesmo assim, as gravações já começaram e membros do elenco como John Stamos (que fazia o papel do tio Jesse) e os gêmeos Blake and Dylan Tuomy-Wilhoit (que faziam o papel de Nicky e Alex, os filhos do tio Jesse e da tia Becky) têm tuitado com frequência fotos do backstage.

Algumas polêmicas cercam o projeto, como a simples ideia do lançamento de uma sequência com mais de 20 anos de intervalo. Será que a estória de Full House, já tão explorada, não se encerrou mesmo em 1995? É necessário levar adiante o conceito do programa, ainda mais com uma trama completamente diferente? Só teremos essas respostas quando o programa estiver disponível no Netflix. Embora sequências sempre pareçam mais uma questão de exploração financeira de um sucesso que uma verdadeira necessidade criativa, nem sempre é o caso.

Programas como Better Caul Saul, originado do drama Breaking Bad, estão aí para mostrar que derivações podem não só ser um sucesso comercial, como podem ter vida própria e, quem sabe, até superar o original em qualidade. Se o elenco continuar afinado como há 20 anos e o roteiro for criado por profissionais competentes, mais preocupados em dar vida a algo novo que em fazer uma simples caricatura do passado, há chances de que Fuller House dê certo. Ao telespectadores resta esperar e torcer para que a homenagem seja feliz e, não só adicione novas memórias, como nos faça sentir saudade do que um dia foi Full House.

Fotos: ABC/Twitter John Stamos.