Atirando no pé
COMENTÁRIO
Na nossa opinião estamos frente ao pior filme de todos aqueles que foram indicados ao Oscar 2015, e analisando um pouco mais, não dá para entender quais terão sido as razões que avaliaram os críticos da Academia para incluir este longa na lista. Talvez seja por aquele restos de patriotismo tão desvalorizado por estes tempos, ou talvez o impactante sucesso de bilheterias que resultou fora do normal. Não sabemos, não há muito para analisar.
Limitando-nos à sinopse do filme podemos dizer o que é apresentado é a historia real quase cronológica do Chris Kyle (Bradley Cooper) o qual é considerado o mais letal atirador de elite, somando mais de 100 mortes oficialmente contabilizadas em seus 10 anos de serviço nas forças de operações especiais do exercito dos Estados Unidos no Oriente Médio. E aí acaba a história. Na verdade a história é quase inexistente e o filme mostra basicamente uma retrospectiva aos inícios do garoto que se tornaria o letal sniper e as influencias do seu pai na agressividade e violência que irá refletir nos campos de guerra.
A ação é tediosa e não apresenta muitas novidades a um tema muito trilhado. Quase como passar duas horas assistindo a alguém que joga Call of Duty no vídeo game. Se alguma vez o Clint Eastwood tinha condições de formular uma nova visão do cinema, ele perdeu uma a uma as possibilidades. O filme é uma apologia medíocre ao uso das armas e um canto as vidas desperdiçadas em conflitos de duvidosa legitimidade.
Poderíamos adicionar alguns detalhes ainda mais bizarros como a cena em que Kyle segura no colo seu bebê e se vê claramente que é um boneco de brinquedo… Sem palavras. Ou o disparo em super slow motion que nada agrega ao filme. Ficamos com saudade daqueles imortais cowboys que o Eastwood nos ofereceu, como ator, há algumas décadas. Muito longe deste atual diretor.