“House of Cards” é a serie bola da vez aqui em casa. Produção caprichada do Netflix, com elenco encabeçado por Kevin Spacey e Robin Wright. Para quem nunca ouviu falar, retrata os bastidores do congresso americano: artimanhas, intrigas, conchavos e estratégias para manter o poder sob controle. É paixão verdadeira e indico como prioridade para quem curte série.

Vamos falar um pouco sobre o formato da série. Netflix tem investido em conteúdo próprio e “House of Cards” é a 1ª série original do serviço. Lançou também “Orange is the new black” que ainda não vi, mas vou agarrar assim que terminar “House Of Cards”.

A forma de entrega da série privilegia os tarados e aficionados, já que todos os 13 episódios da temporada são disponibilizados de uma vez só. Pode assistir degustando ou devorar como um pacote de biscoito goiabinha. Sempre prefiro a 2ª opção. Os episódios da segunda temporada foram liberados no dia 14/02 e a próxima temporada já foi confirmada. #Curti.

E a série não ficou sem seu quinhão de prêmios. Ano passado levou o Emmy, na categoria melhor diretor de série dramática, e um Globo de Ouro para Robin Wright, na categoria melhor atriz em série de TV dramática.

Kevin Spacey é o protagonista e dispensa comentários. O cara é um baita ator e, confesso que tenho uma predileção por “Beleza Americana” (ele ganhou o Oscar de melhor ator por sua atuação neste filme).  Mas seu desempenho em produções como “Seven – Os Sete Pecados Capitais” e “Os Suspeitos” impressionam. Em “House of Cards” cada cena é um show de Mr. Spacey ao interpretar o congressista Francis Underwood. Nem a peruca distrai. E tudo ganha um sabor especial quando, na maior cara de pau, o personagem quebra a quarta parede e se dirige aos espectadores. Seja para zombar do interlocutor ou para explicar qual será a sua próxima manobra. Demais!

Kevin Spacey interpreta Francis Underwood. Não fique distraído com a peruquinha!

E no papel de Claire, esposa de Francis, Robin Wright. Talvez você não esteja ligando o nome à pessoa. Mas Robin é ex-esposa de Sean Penn (quando ela usava o sobrenome Wright Penn) e trabalhou em filmes bem relevantes, como “Moll Flanders”, “Message in a Bottle” e “Forrest Gump” (ela é a namorada de Gump!). Eu tenho memória afetiva e lembro da sua participação no filme “A Princesa Prometida”. O filme é baseado no livro “O Noivo da Princesa”, de Willian Goldman, e foi um dos meus prediletos na adolescência. Claire Underwood é uma mulher surpreendente e figura importante nos estratagemas de Francis. Além de apoiar o marido em (quase) tudo, Claire é dona de um caráter bem dúbio. Destaque para a sua visita ao ex-segurança internado em estado terminal. É de cair o queixo.

Robin Wright e sua Claire Underwood. Bate um bolão (em vários sentidos)

A série trata dos bastidores da política norte-americana, transitando entre Casa Branca, Congresso e lobistas das grandes corporações. Tudo que o programa trata tem um cheiro de política brasileira e nos parece bem familiar. Mas como na “América” (beijo Claudia Ciuffo) as coisas são sérias, o povo corta um dobrado pra articular. Outros personagens giram em torno do casal: a repórter jovem, ambiciosa e um tanto biscateira Zoe Barnes (Kate Mara). O congressista alcóolatra Peter Russo (Corey Stoll) e sua namorada/assistente Christina Gallagher (Kristen Connolly). O chefe de gabinete de Francis, o esquisitíssimo Doug Stamper (Michael Kelly). E outros personagens secundários que servem de massa de manobra para o (porque não) maquiavélico protagonista.

Ao escrever este post já comecei a 2ª temporada. E posso dizer: é bombástico! O povo lá é muito corajoso e não se priva na hora de matar personagens importantes. Mais do que isso é spoiler. Confiram as duas temporadas!

TEASER DA SEGUNDA TEMPORADA: