E roupa tem gênero?
É gênero ou rótulo?
Agora que passou, um pouco, a discussão em torno das roupas ungendered, é que quero falar um pouco sobre isso. Uma questão que até conseguiu se tornar polêmica, mas sem muita razão de ser.
Na minha opinião o movimento (gosto de chamar assim, porque a moda é sobretudo uma expressão artística) tem sido mal compreendido por um grupo da sociedade (mega me esforçando para não julgar e problematizar aqui!).
O fato é que, eu como pertencente do grupo do gênero feminino já usei roupas do meu pai e namorado que me caíram muito bem. Confesso já ter garimpado a sessão masculina das lojas Renner, Riachuelo e Zara procurando uma T-shirt para fazer um visual qualquer…
Do mesmo modo me lembro a primeira vez que meu namorado dormiu na minha casa e ia trabalhar no dia seguinte, ofereci-lhe uma calça minha. Ele torceu o nariz mas admitiu que a calça lhe caiu bem.
Acho que a campanha até o momento, no nosso mercado, o brasileiro foi a que melhor conseguiu expressar a moda ungendered, mas ainda não atingiu a completude. E acho também que provou-se que tem muita gente que nem sabe o que está criticando.
Quando penso em roupas sem gênero,penso na mistura que eu ter ao meu dispor a blusa do meu herói favorito e meu “mô” com uma camisa floral. Algumas pessoas se preocupam, se isso chegar a ser homem usando saias? Francamente, acho que demorou! Lá pelos anos 20 nós meninas chocamos a sociedade por usar calças! Portanto, se a moda pega, não me parece uma coisa realmente preocupante, me parece igualitário!
Não pretendi ser polêmica, porém com as discussões das diretivas de sexualidade, é importante notar que gênero e sexualidade não são a mesma coisa. E que os rótulos prejudicam a forma como enxergamos o mundo. Por isso melhor não criá-los!
Beijos!!!