Reações musicais

Reações musicais

Domingo eu fui  ao Maracanã…

Não foi pra ver um time ou, por incrível que pareça, uma banda que sou fã. Fui com meu irmão (ele sim é o fã) ao show do Pearl Jam e como todos que estavam lá acharam, eu também achei o show irado!

Existe uma estranha relação entre a música e os sentimentos que ela provoca na gente. É quase um poder de nos alegrar, nos motivar, sei lá, nos fazer bem!

Eu percebo isso em todo show que vou, não só em show, mas sempre que a guitarra ou a viola chama a música. Levo uma porrada de adrenalina quando o Slash puxa Nightrain na abertura de todo show, quando Zakk Wylde começa a tocar Paranoid, me sinto o próximo revolucionário quando Tom Morelo começa a tocar Killing in the Name, sinto uma paz quando o Gil puxa a paz no violão (redundante mesmo, porque paz inspira a paz).

Domingo foi assim. Depois de uma hora de atraso veio o primeiro acorde, uma música desconhecida mas porrada, segunda música também desconhecida e porrada (lembrem que eu não sou fã, meu conhecimento de Pearl Jam é limitado), terceira música e Mike ou Stone me puxam Corduroy ai começou a adrenalina do show. O melhor de tudo é que no meio da música, junto da adrenalina, veio uma nostalgia absurda, lembrei de uma banda cover de Pearl Jam que tive com meu irmão e uns amigos do colégio, provavelmente uma das mais toscas que já tive, mas uma das mais maneiras também. Virei pra ele e perguntei: “Lembra da gente tocando isso no CPRock?” Acho que bateu nele a mesma nostalgia também.

Música tem esse efeito na gente. No meio do show o Vedder tocou Imagine e a arquibancada inteira acendeu a luz dos celulares fazendo um dos efeitos mais irados que já vi em shows, há quem diga que podiam ser isqueiros, mas seja luz artificial ou natural, por um momento um cara tocando violão e cantando fez a gente imaginar. No final show quando ninguém mais tinha voz, depois de duas horas cantando, todo o Maracanã encobriu o som da guitarra do Mike Mccready cantando o riff de Black, duas músicas depois, quando a energia já tinha acabado, a banda puxa Alive, viro pro meu irmão e falo: “O ruim de Alive é que não dá pra abrir roda né…”. Abrimos a roda, e foi PUNK!

 

Esse é um dos muitos efeitos que a música causa em mim. Essa é a terapia das seis cordas. Teve domingo e foi demais! Hoje tem de novo, mas agora eu sou terapeuta. Mais tarde tem show e a ansiedade de começar a tocar já ta batendo! No próximo post eu falo mais dessa parte da terapia. Compartilho com vocês a adrenalina e nostalgia que senti quando Corduroy tomou conta do Maraca!

 





About the author

Felipe
Felipe

Engenheiro metido a guitarrista ou guitarrista metido a engenheiro, ainda estou decidindo. Achei nas seis cordas a minha terapia e nunca mais larguei. Música é o assunto aqui (ok, nem sempre) e dentro da música, a guitarra!
Espero que curtam as 6 cordas!

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