Programada para amar e seduzir
Será que um dia as máquinas irão conseguir reproduzir nossos mais complexos sentimentos?
Talvez esse futuro não esteja tão distante, hoje falamos um pouco de “Ex Machina” um filme com um ponto de vista bem particular.
COMENTÁRIO
Caleb (Domhnall Gleeson), um jovem programador de uma companhia tecnológica líder no campo da Internet, ganha inesperadamente uma loteria interna e é premiado para compartilhar uma experiência prometedora: passar uma semana em um retiro de montanha, em uma residência que pertencente ao Natham (Oscar Isaac) multimilionário CEO da empresa.
No seu primeiro dia, descobre que sua isolada estadia na casa vai ser uma experiência de teste para comprovar a veracidade de um tipo de inteligência artificial criada pelo próprio Natham. Ele deverá testar a máquina através de uma espécie de teste de Turing.
O teste de Turing é uma forma de testar máquinas e avaliar se ela podem exibir um comportamento inteligente equivalente a um ser humano. Mas na teoria nesse teste o avaliador não pode ver a máquina, quebrando um pouco essa regra Natham coloca Caleb frente a frente com a belíssima máquina.
O filme vai percorrendo as diversas sessões em que o Caleb interage com Ava (Alicia Vikander) o robô com inteligência artificial criado pelo Natham, e passo a passo vão construindo um relacionamento, onde se joga verdadeiramente ou artificialmente um jogo muito humano de ressentimento, manipulação, sexo, erotismo, culpa e etc.
Uma roteiro muito interessante que nos prende desde o início. Mostrada com um conceito de imagens diferenciada, com uma excelente qualidade fotográfica. Uma história complexa, mas tratada de forma teatralmente simples. A maior parte do filme está baseada no diálogo entre os três personagens com ausência de grandes efeitos ou impactos visuais, mas com um ritmo de acontecimentos que vão saindo de seu curso inexoravelmente.
Um claro e bom exemplo de como fazer a boa ficção científica, sem focar nos grandes efeitos especiais de Hollywood.