Não tire os olhos da tela!
Quantos segredos poderá esconder o íris do olho humano? Ele é único e irrepetível? O que isso significa? O que há atrás de um dos maiores fetiches da beleza? Assistimos o novo filme de Mike Cahill para comprovar se sua ficção nos traz todas essas respostas.
COMENTÁRIO
O Dr. Ian Gray (Michael Pitt) é um biólogo molecular que tem focado todas suas investigações científicas no olho humano, em especial no padrão da íris. Mais tudo não acaba aí. O Gray acredita que a evolução de uma espécie pode criar “do nada” um olho único e irrepetível, o qual a seu entender, provaria que não é necessário uma entidade superior involucrada na criação, ou seja seria uma prova contundente da evolução das espécies, e derrubaria qualquer ideia de um Deus superior que rege sobre todas as coisas. O jovem doutor vai pela sua vida particular, fotografando todo tipo de olhos e nessa busca se encontra com Sofi (Astrid Berges-Frisbey), com uma vida espiritual bem oposta à dele, e por quem fica perdidamente apaixonado.
Uma tragédia inesperada se abate sobre suas vidas e o Gray se refugia na sua investigação em companhia de Karen (Brit Marling) sua parceira no laboratório. Junto a ela faz uma descoberta surpreendente que vai muito além de suas expectativas, complicando suas vidas científicas e suas crenças espirituais.
Eles deverão empreender uma busca imensa, e arriscar tudo aquilo que conheceram e estudaram em suas formações científicas, em troca de validar sua nova teoria que tem grande possibilidade de mudar a história.
A história está muito bem apresentada e nos captura desde o início. Sabemos que alguma coisa vai acontecer em cada momento, suspeitamos, intuímos, mais finalmente somos pegos de surpresa.
Um clima densamente emocional, uma fotografia boa e atuações destacadas dos principais atores. Vemos por aí acompanhando sobriamente em um papel secundário, a Steven Yeun, o “Glenn” de The Walking Dead, que faz seus primeiros passos na grande telona.