É o samba rock meu irmão!

É o samba rock meu irmão!

Quadra montada, cerveja gelada, feijoada no capricho e o samba comendo solto. Esse foi o cenário de um grande show de rock! Só a música pra mexer com a gente desse jeito.

Festa de fim de ano da empresa, quase duas mil pessoas numa quadra de samba, curtindo toda a empolgação que só um Grêmio Recreativo Escola de Samba Seja lá Qual For (o famoso G.R.E.S. pros que não sabiam) pode proporcionar.

Tudo começou com um samba de mesa, a roda de samba tradicional, tocando sambas clássicos, aqueles hinos que todo mundo que mora no Rio de Janeiro já ouviu e vez ou outra, alguns da nova safra. Já deu pra dar aquela animada na galera. Depois veio a bateria e com ela aquela porrada sonora em forma de batucada, sem muita música, mas com muito batuque!

Tudo isso estaria dentro dos padrões se não fossem três amplificadores, uma bateria e alguns microfones no palco principal da quadra.

Num certo ponto o mestre da bateria chama a banda que todo mundo, mesmo apreensivo se ia combinar ou não, estava esperando. A banda entra e pra supressa de todos, a bateria fica pra somar na festa! Nesse dia o samba-rock ganhou um novo sentido pra mim, um mais verdadeiro. E com o rock rolando em alto e bom som, a galera que estava só sambando não resistiu ao som das guitarras. Todo mundo cantando, pulando, rodinhas rolando e por alguns momentos ninguém lembrou que o lugar era uma quadra de escola de samba.

Isso me fascina muito na música, esse efeito que ela causa nas pessoas, meche de tal ponto a levar todo mudo do samba ao rock em pouco tempo. A música rompe barreiras de classe social, nacionalidade e faz todos se juntarem num mesmo ritmo e numa mesma alegria, seja numa baixaria de um 7 cordas ou no riff de uma guitarra (tem que ter cordas… rs) todos se entregam pra música, quem ouve e quem toca. Como diria Arthur Maia: “Se é bom ouvir, imagina tocar?”

Fim de festa, cruzo com o guitarrista da banda e falo: “Cara, vocês transformaram uma Quadra de Samba num Porão do Rock, foi sensacional!” Ele me olha com uma cara de satisfação e diz: “Bota isso no ZBlog!” Fica aqui a minha homenagem a umas das bandas de rock mais maneiras do Rio de Janeiro. HeadBlues, vocês são irados (pra não falar outra coisa)!





About the author

Felipe
Felipe

Engenheiro metido a guitarrista ou guitarrista metido a engenheiro, ainda estou decidindo. Achei nas seis cordas a minha terapia e nunca mais larguei. Música é o assunto aqui (ok, nem sempre) e dentro da música, a guitarra!
Espero que curtam as 6 cordas!

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