Aportando no Porto
Devo admitir que a cidade do Porto foi uma daquelas que menos gostei quando estive em Portugal. Por isso mesmo, me desafiei a escrever o que há de melhor por lá. No final das contas, acho que fui esperando uma coisa e encontrei outra. Mas, quer saber, acho que gosto do Porto. E você?
As ruas estreitas não são exclusividade do Porto, mas são elas que escondem a profundidade da alma da cidade das seis pontes. Nessas ruelas, encontramos a vida sendo vivida na cidade velha. Assistimos as roupas balançando com o vento naqueles varais pendurados para fora das janelas. Imaginamos desde quando aqueles vasos de flores estão abandonados. E os velhos e enferrujados parapeitos que não protegem ninguém? Ainda, sob os nossos pés, pisamos naquelas pedras que delimitam a rua a sei lá quantos séculos. Já imaginou quantas vidas passaram por ali?
“A história invisível dessa cidade é encantadora, admito. “
Ao lado do rio, os restaurantes disputam os clientes e os ratos, a comida. E a toda hora, barcos cheios de turistas entram e saem por ali, levando consigo multidões desesperadas por um vinho do Porto e um bacalhau.
Nas cavas, a mesma história aumentada de sempre. E o preço das garrafas, também só crescem. E o gosto do vinho? Bom, prefiro não comentar.
Mas, aqui vai a dica, fuja do turismo padrão, pega o metrô e saia numa estação qualquer. Assim, dá para descobrir quem vive ali de verdade.
Mas, quem vive no Porto, não vive somente do passado. Em alguns lugares, é possível vislumbrar novas arquiteturas e novas formas de viver. É o caso da Casa da Música. Um espetáculo, por dentro e por fora.
E ainda tem mais. Mas, vai lá para ver.