Amigos uma vez, sempre amigos!
Até onde vai a paixão pelo futebol e a união entre amigos? E quando tudo isso se mistura? Existe talvez um elo que vá muito além dessa vida…
COMENTÁRIO
El Mono (Diego Torres), Fernando (Diego Peretti), Mauricio (Pablo Echarri) e El Ruso (Pablo Rago) são quatro amigos de toda a vida que compartilham seu fanatismo pelo clube de coração: Independiente de Avellaneda. Mas a tragédia vai se abater sobre essa amizade quando El Mono fica doente de câncer e após um breve período morre.
El Mono tinha um filha, era separado de sua mulher (Cecilia Dopazo), embora nunca tenha realizado o divórcio. Havia perdido seu emprego, mas com a indenização recebida tinha comprado o passe de um jogador de futebol, que parecia ser uma promessa juvenil. Só que o promissor dianteiro tinha caído em desgraça e por inúmeros jogos ruins acabou em um time de Santiago del Estero no interior da Argentina.
Com a morte de El Mono, seus três amigos que se sentiam responsáveis pelos compromissos do falecido, buscam uma forma de gerenciar o passe do jogador e garantir um bom futuro para a filha de El Mono. Mas tarefa não vai ser fácil e o mundo de negócios do futebol irá testar a amizade dos três.
Baseado em relato de Eduardo Sacheri (o mesmo que escreveu Um time show de bola e O Segredo dos Seus Olhos), o filme promete uma mistura justa entre amizade, paixão pelo futebol e amor por um time, tudo com aquele sentimentalismo e melodrama que o futebolístico escritor está acostumado a explorar. E é por isso que a história está muito direcionada ao público masculino.
Peretti, Echarri, Rago e Torres geram uma boa química que consegue transmitir essa ideia. O roteiro tem muitos exageros e simplificações, mas sem muitas pretensões, consegue divertir e até poderíamos dizer que por momentos consegue emocionar com aquele flashback que traz anedotas do amigo desaparecido.