A solidão de estar acompanhado
COMENTÁRIO
Uma fábula de amor poderosa em um entorno de solidões compartilhadas e isolamento comunicado. Ótimo trabalho de Spike Jonze que mostra até onde podemos chegar sem chegar a nada.
Em um futuro alarmantemente próximo regido pelo isolamento que provoca o excesso de conexões virtuais e a enlouquecedora insistência com que cada um pode acessar a elas, Theodore (Joaquin Phoenix), que trabalha escrevendo cartas para terceiros, se apaixonará por um ente irresistível, um sistema operativo novo, habilitado para amar igual o até mais que as pessoas, mas sem sequer saber. Um delicadíssimo romance que provoca angústia e diverte por igual.
Um trabalho fundamental do Phoenix que nos alerta sobre os novos perigos que o desenvolvimento das tecnologias interativas trazem e como as redes de comunicação podem potencializar os problemas emocionais e as dificuldades nos relacionamentos.
Sem dúvida é um filme para assistir e desfrutar, mas também para pensar e refletir.