À Procura de um filme de suspense?
COMENTÁRIO
A trama gira em torno de uma menina de nome Cassandra que foi sequestrada enquanto estava aos cuidados de seu pai. O tempo vai passando sem que a criança seja encontrada, e após oito anos de procura, finalmente todos creem que ela está morta. Mas, aliás, quando seus pais Matthew (Ryan Reynolds) e Tina (Mireille Enos) parecem estar superando a tragédia, começam a ter estranhos indícios de que sua filha pode estar viva.
Um trabalho modesto de Ryan Reynolds, assim como o de Rosario Dawson na pele da detetive que investiga o caso. Não muito diferente mais um pouco melhor, Mireille Enos, na pele da mãe que por alguns momentos consegue transmitir algumas emoções. O resto do elenco não se destaca muito.
Salvamos do filme uma fotografia muito boa. A câmara vai se movendo com elegância em todo momento, extraindo algumas imagens poderosas. Do mesmo modo que a neve, tão presente em todas as tomadas, funciona como metáfora perfeita da frieza com que age o vilão da história, capaz de mover-se em sociedade como um cara respeitável sem despertar a mínima suspeita. O maior erro do filme, e não deixar nada para a imaginação desde os primeiros momentos. A falta de surpresas, unida a um desenvolvimento linear e monótono, evita que o filme consiga transcender da maneira contundente como o fez Prisoners (Os Suspeitos). E inevitável comparar ambos filmes porque os pontos comuns são muitos. Sabemos que comparações são sempre odiosas e neste caso À Procura tem tudo para perder.