Arquitetura, luz e ação!
A arquitetura também pode ser estrela de cinema. Nas telas, os espaços fazem a diferença na hora de proporcionar aquele clima de romance, suspense, nostalgia, etc. Por isso, a coluna de hoje atravessa as fronteiras da projeção e busca o encanto e a inspiração acompanhados de muita pipoca.
As vidas revisitadas de Maria Antonieta
Maria Antonieta aproveitou e muito o belíssimo Palácio de Versalhes.
E Sofia Coppola apresentou a rainha menos francesa que o país já teve, através dos jardins e dos muito bem decorados corredores, salas e quartos que compõem o imaginário de uma França de glórias.
O filme vale pela história, arquitetura e pelo luxo de uma época marcada pela extravagância.
A grande beleza da velha e da nova Roma
A premiadíssima Grande Beleza (La Grande Belleza) do italiano Sorrentino, nos leva a um passeio pela velha e cansada Roma. Com ares de nostalgia e esperança por um futuro sem planos, mas existente, o filme expõe a fragilidade de viver a vida contemporânea em meio ao passado.
Lindo, envolvente e de uma beleza tão imensa, que faz justificar o nome do filme. Imperdível.
A origem dos mundos sonhados
Viver dentro do próprio sonho é algo incrível de ser imaginado. E o desafio foi aceito por Christopher Nolan, quando dirigiu o filme A Origem.
Na verdade, nada daquilo existe. Ou existe. Mas, aí é questão de filosofia.
O que interessa aqui é o espetáculo de construir, destruir e reconstruir casas, prédios e cidades inteiras, tudo dentro dos sonhos.
Com uma fotografia de primeiríssima qualidade, uma história que nos faz pensar muito e uma arquitetura dinâmica e super variável, A Origem é puro entusiasmo.
A realidade espetacular de Fall
The Fall não vive dentros dos sonhos. Mas vive na imaginação de uma menina que, ao ouvir uma história, cria o mundo do seu jeito.
É um filme resumido pelas cores.
É vivo sem ser excessivo, lúdico sem ser infantil, encantador sem ser um conto de fadas.
The Fall tem séries de imagens de tirar o fôlego e ultrapassa o limite da arquitetura ao inserir paisagens deslumbrantes no plano de fundo das cenas.
E, além de tudo, ainda explora valores e condições que levam muitas coisas a se conformarem do jeito que as vemos, tal como a cidade azul, onde os habitantes pintaram suas casas de azul, acreditando cegamente que o calor e os mosquitos seriam afugentados.