1+1=4?
COMENTÁRIO
O relacionamento deteriorado de Ethan e Sophie, leva o casal a iniciar uma terapia, mas já nos primeiros momentos vemos que a terapia não está dando os resultados esperados.
Por indicação do próprio profissional, e como uma tentativa de ajudar no curso da terapia, o casal viaja no final de semana a uma isolada e linda casa de campo. Chegando ao destino eles se encantam com o lugar e de certa forma criam uma esperança de que essa experiência pode dar certo. Segundo o terapeuta todos os casais que aí foram tiveram sucesso e voltaram transformados.
Até aí, podemos dizer que trata-se de mais um filme do tipo comédia romântica, com um casal em crise, mas para nossa surpresa o iniciante diretor, Charlie McDowell, embarca em um roteiro que lança o filme em um giro totalmente inusitado.
É comum pensar que as comédias sobre casais já não têm mais potencial para explorar, mas é bom descobrir filmes que decidem nos surpreender com uma nova perspectiva. E melhor ainda, quando desafiam aquelas narrativas pre-estabelecidas e conseguem dar um ar originalmente fresco.
O grande acerto de “The One I Love” consiste em analisar um dos maiores problemas nos relacionamentos de casal: Quando as pessoas envolvidas esperam uma melhor versão do outro e se apaixonam pela versão idealizada desta pessoa. Essa aí é a coluna vertebral da história.
Muitas perguntas se originam no curso do filme, mas quando os créditos finais cheguem, provavelmente ficaram sem resposta. Talvez essas respostas somente poderão ser encontradas em um bom debate post-filme.